Biografia de Rui Veiga
Quem foi Rui Veiga?
Rui Gerbi Veiga foi um jornalista brasileiro que atuou em posições de liderança e em grandes veículos de mídia do Brasil. Em sua trajetória, também possui passagem pelo setor financeiro e por instituições do governo.
Além de sua carreira profissional, a história de Rui Veiga é marcada por sua trajetória política, sendo que foi um dos nomes marcantes da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988.
Apesar de ter estudado na Física na Escola Politécnica da USP, Veiga tem a maior parte de sua carreira ligada ao jornalismo, tendo atuado em veículos como O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo e Gazeta Mercantil.
Rui também é conhecido por sua luta pela democracia no período da ditadura militar no Brasil, entre 1964 e 1985.
Veiga faleceu no dia 16 de junho de 2020, na cidade de São Paulo, aos 70 anos de idade.
Trajetória de Rui Veiga
Rui Gerbi Veiga nasceu no ano de 1950, na cidade de São Paulo, Brasil.
Na década de 60, estudou física na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP). Posteriormente, concluiu a faculdade de Engenharia, também na POLI, e de jornalismo na Cásper Líbero. Anos mais tarde, Rui conclui o mestrado na Universidade de São Paulo – USP.
Foi no jornalismo onde Rui esteve em boa parte de sua carreira profissional. Ainda nos anos 60, ele começou a trabalhar no O Estado de S.Paulo.
Porém, por seu posicionamento político contrário ao governo militar, que tomou o poder em 1964, Rui teve que ser mudar do país. Entre o final dos anos 60 e durante a década de 70, o jornalista viveu em várias cidades e países.
Ao longo desse período, Veiga trabalhou e colaborou com meios de comunicação como O Pasquim, Jornal Versus, Movimento e De Fato. Também trabalhou como repórter no período em que viveu exilado do país, atuando por canais de imprensa na Argentina, Espanha e Portugal.
Em 1979, Rui retornou ao Brasil. No período, o governo militar estava enfraquecido.
Durante a década de 80, Veiga foi figura presente no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). No mesmo período, também trabalhou na Folha de S.Paulo.
Ao longo dos anos após o fim da ditadura, em 1985, e início da nova constituição, em 1988, Rui ocupou importantes funções na imprensa nacional — foi editor da Folha de S.Paulo e do Grupo Gazeta Mercantil, além de atuar como diretor do O Globo.
Além da imprensa, atuou como executivo no setor financeiro na primeira metade dos anos 90, sendo diretor, na gestão de Mário Covas, do banco Nossa Caixa Nosso Banco, uma sociedade de economia mista, pertencente ao estado de São Paulo .
Veiga ainda foi vice-presidente da União Brasileira de Escritores (UBE).
Atuação de Rui Veiga durante ditadura militar
Filho de pais ligados ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), desde jovem Rui foi engajado a questões políticas.
Após a golpe militar de 1964, Veiga se tornou uma figura mais frequente em movimentos contrários ao governo, sendo que, na época, já frequentava as reuniões ligadas ao PCB e à movimentos estudantis.
Em 1966, o então estudante começou a integrar a Ação Libertadora Nacional (ALN), movimento que combateu ao governo militar. No ano seguinte, Rui foi preso, deixando a prisão após alguns dias.
Em 1968, Veiga deixou o país por conta da perseguição política. Ao longo da década seguinte, viveu no Paraguai, Argentina, Portugal e Espanha. Além de ter se escondido em Campinas e Foz do Iguaçu.
Também foi no período que ele adotou as identidades de “Antônio” e, posteriormente, Jean Carlos Carabelli.
Em 1979, Rui retornou ao Brasil. Na década seguinte ele foi uma figura forte do MDB, sendo um dos parceiros de Ulisses Guimarães na Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988.