Radar do Mercado: EDP Energia (ENBR3) conclui venda de parque eólico na Bahia por R$ 598 milhões

  • A elétrica EDP Renováveis informou que concluiu a venda de seu parque eólico Babilônia, na Bahia, a uma empresa do grupo Actis por 598 milhões de reais;
  • A companhia do grupo português EDP informou que a transação envolveu um total de 1,2 bilhão de reais pelo ativo, se consideradas dívidas.

O parque eólico na Bahia, com capacidade de 137 megawatts, estava em operação desde o quarto trimestre de 2018.

O empreendimento pertencia 100% à EDP Renováveis e tinha contratos de venda da produção por 20 anos fechados em um leilão realizado pelo governo brasileiro em 2015.

O negócio acontece em meio a uma estratégia da empresa de energia renovável de vender ativos para bancar novos investimentos no período 2019-2022.

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Inclusive a EDP Grid, que é responsável pela operação dos segmentos de energia solar, eficiência energética e mobilidade elétrica, anunciou recentemente que obteve autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para realizar a aquisição de ativos de geração distribuída da Léros Geradora.

Segundo parecer do Cade, a transação engloba quatro sistemas de geração distribuída que ainda não operam na cidade de Taubaté, em São Paulo, e, até o momento, não foi informada a capacidade das instalações.

A aquisição dos ativos da Léros foi definida como “uma oportunidade para o Grupo EDP desenvolver novos projetos de geração fotovoltaica no Brasil, expandindo o seu parque de geração renovável e atraindo novos clientes”, segundo os documentos entregues ao Cade, sem citar os valores envolvidos na transação.

Miguel Setas, CEO da EDP Brasil, havia afirmado à agência de notícias Reuters, em junho de 2019, que a companhia estava buscando oportunidades de compra no segmento de geração distribuída de energia, o qual tem crescido de forma acelerada e apresenta excelentes perspectivas no mercado.

O Brasil registrou, no ano passado, a instalação de 1,3 gigawatts em novos sistemas com a tecnologia de geração distribuída solar, tornando a fonte o segundo maior crescimento no mercado local em 2019, ficando atrás das hidrelétricas, mas sendo superior a parques eólicos e de usinas solares de grande porte.

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Tiago Reis
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