Investidor anjo: entenda o seu funcionamento e como se tornar um

Bastante presente na trajetória das startups, o investidor anjo pode fazer uma pequena empresa se tornar um grande negócio gerando um Return on Investiment (ROI) atrativo.

Isso porque o investidor anjo tem o potencial de dar um pontapé inicial nestes empreendimentos, ajudando-os a alçar novos voos.

O que é investidor anjo?

Investidor anjo é um individuo que queira aplicar seu patrimônio em novos negócios. Em geral, sua predileção é por empresas de tecnologia, mas seu leque de aplicações pode ser bem mais amplo, partindo também para empreendimentos de outras áreas.

É importante ter em mente que não são apenas as novas empresas que podem se beneficiar da ajuda oferecida por um investidor anjo. Pequenas e médias empresas com vários anos de história também podem receber este aporte.

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Porém esta prática é menos comum, já que a ação destes profissionais é mais recorrente no modelo startup.

Este investidor anjo pode ser um sócio investidor. Mas, via de regra, ele não entra no capital da empresa, funcionando como mútuo conversível.

Ou seja, adiantando um capital com a condição de que, no futuro, este valor seja convertido em um percentual do negócio. Desta forma, seu intuito é fazer o negócio crescer para, então, receber um percentual do negócio, que pode ser, inclusive, em ações.

O investimento anjo não é uma prática criada no Brasil. O que encontramos aqui é um modelo adaptado de técnicas aplicadas nos Estados Unidos.

Mais do que dinheiro

O dinheiro costuma ser o principal ponto de interesse ao se falar do investidor anjo. Porém, tão importante quanto este aporte financeiro é o repasse de conhecimentos.

Considerando que o investidor-anjo é alguém com experiência de mercado, a mentoria e a troca de ideias são altamente enriquecedoras. O olhar de alguém de fora, que tem interesse que o negócio cresça, pode fazer a diferença no negócio.

Quando se trabalha há muito tempo de uma mesma forma, pode ser difícil se adaptar às novas necessidades do mercado. Especialmente em empresas familiares ou na qual o dono do negócio é o CEO. Algo recorrente no universo das Pequenas e Médias Empresas (PMEs).

Com o auxílio deste investidor, as mudanças de processos e de filosofia empresarial se tornam mais fáceis ou mesmo possíveis.

Como se tornar um investidor anjo?

Algumas associações estão disponíveis para pessoas que se interessam por essa modalidade de investimento.

Essas organizações costumam buscar e apresentar empresas em busca de capital, para os investidores interessados. Funcionando como um elo entre as duas partes.

Nesse momento, as associações de investimento anjo organizam reuniões para que os empreendedores apresentem suas ideias para os investidores interessados e o que a empresa busca solucionar com seu produto ou serviço.

O modelo de negócio precisa estar claro para que o empreendedor passe segurança ao apresentá-lo ao investidor em potencial.

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Investidor anjo e o Imposto de Renda

No mundo dos investimentos, quase todo rendimento gera uma necessidade de pagamento de impostos. Com o investidor anjo não é diferente.

Desde 2017, com a publicação da Instrução Normativa 1719/2017, da Receita Federal do Brasil, este investidor está sujeito a alíquotas que variam entre 22,5% e 15%, no tocante ao Imposto de Renda.

A aplicação do percentual variará de acordo com o prazo do contrato deste investidor anjo. Assim, os valores serão aplicados da seguinte forma:

  • 22,5% (alíquota máxima) para os contratos com prazo de até 180 dias;
  • 20% para os contratos cujo prazo ficar entre 181 e 360 dias;
  • 17,5% para aqueles com participação entre 361 e 720 dias; e
  • 15% (alíquota mínima) para os contratos com prazo acima de 720 dias.

Logo, quanto mais tempo durar o contrato, menor será a alíquota do Imposto de Renda.

E vale lembrar que qualquer rendimento resultante de aporte financeiro estará sujeito ao Imposto de Renda Retido na Fonte.

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Tiago Reis
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