Resumo da semana: IGP-M, Monitor do PIB e adiamento da votação do texto da Reforma da Previdência

O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 94.578 pontos, o que representou, no pregão de quinta-feira (18), uma variação de positiva de +1,39% no dia. É valido lembrar que não houve negociações na bolsa de valores brasileira na sexta-feira (19) devido ao feriado cristão da Sexta-Feira Santa. No acumulado da última semana e de 2019, as variações do principal índice de ações da bolsa do Brasil são de +1,83% e +7,61%, respectivamente.

Já o Ifix – índice que referencia os fundos imobiliários – terminou a mesma semana aos 2.492 pontos, alta de +0,22% na quinta-feira. Na semana, a variação do índice foi de +0,38%, ao passo que, em 2019, sua variação é também positiva, de +5,99%.

Dentre os acontecimentos da semana, vale aqui mencionar o dado divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na última quarta-feira (17) de que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, teve inflação 0,78% na segunda prévia de abril. O resultado é inferior ao apurado no mesmo período do mês anterior (1,06%). Segundo a FGV, com a prévia, o IGP-M acumula taxas de inflação de 2,96% no ano e de 8,5% em 12 meses. Ainda de acordo com a fundação, a queda da taxa da prévia de março para a de abril foi puxada pelos preços no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o segmento, caiu de 1,41% em março para 0,89% em abril. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, subiu de 0,5% para 0,66%, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,11% para 0,39% no período.

No mesmo dia, a mesma instituição divulgou, também, que o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) obteve retração de 0,4% da atividade econômica em fevereiro. A comparação é com o mês anterior. Em relação ao ano passado, houve crescimento de 2,3% no mês e 1,0% no trimestre do Monitor do PIB. Já o consumo das famílias teve crescimento de 2,0% no trimestre móvel, que foi concluído em fevereiro. De acordo com o indicador, houve queda nas três grandes atividades econômicas: agropecuária, indústria e serviços. Adicionalmente, foi informado também que a importação retraiu 2,4% no trimestre móvel até fevereiro em comparação com o mesmo trimestre de 2018. Os setores que mais contribuíram para a queda foram: importação de serviços (queda de 8,1%); bens industrializados (queda de 16%); bens de consumo não duráveis (queda de 7,3%). Por outro lado, a exportação aumentou 7,0% no trimestre móvel em relação ao mesmo período de 2018.  Os produtos que puxaram o índice para cima foram os agrícolas (48,4%) e do extrativismo mineral (22,8%). Os destaques negativos são os produtos relacionados aos setores de: serviços (queda de 6,6%); bens de consumo duráveis (42,7%) bens de capital (4,7%). Em valores corrente, o PIB do Brasil foi de R$ 1,154 trilhão do acumulado do ano até fevereiro, segundo o FGV.

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No mais, o mercado segue na expectativa do andamento da Reforma da Previdência, que teve a votação do texto do seu parecer adiada para a próxima semana, sendo que a mesma deve acontecer na próxima terça-feira (23), de acordo com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Felipe Francischini (PSL). É interessante lembrar que o parecer da CCJ analisa se as medidas propostas na PEC são constitucionais, ou seja, se infringem a Constituição ou não. Portanto, a votação do parecer da CCJ acerca do texto da Reforma da Previdência dá aos deputados o direito de votar pela concordância constitucional do texto. Nesta etapa do processo não está prevista análise qualitativa ou opinativa, do texto da reforma da Previdência.

Diante de tal expectativa, a tendência é que o mercado siga “andando de lado” até que uma posição mais clara sobre os próximos passos de tal reforma seja transparecida em Brasília. Seguiremos, assim, atentos às oportunidades que venham a surgir no mercado, sempre no intuito de proporcionar, aos nossos assinantes, alternativas de aplicações financeiras que façam sentido em uma abordagem de investimentos de valor voltada para o longo prazo.

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