Resumo da Semana: Divulgação do IGP-M, produção industrial, superávit na balança comercial e continuação da divulgação dos resultados do 4T18

O Ibovespa encerrou a última sexta-feira (01), registrando 97.861 pontos, o que representou, no dia, uma alta de +0,48%. Na semana, alta do índice foi de +0,19% ao passo que, em 2019, o principal índice das ações da bolsa brasileira apresenta uma expressiva alta de +11,35%.

Já o Ifix – índice similar ao Ibovespa, porém para os Fundos de Investimentos Imobiliários – fechou a sexta-feira aos 2.408 pontos (queda de -0,08% no dia). No acumulado da semana e do ano, no entanto, o índice apresenta altas de +0,83% e +2,39%, respectivamente.

Dentre os acontecimentos da semana, cabe aqui destacar a informação dada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira (30) de que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 0,01% em janeiro deste ano. A taxa é superior à deflação (queda de preços) de 1,08% de dezembro de 2018. Ainda segundo a FGV, o IGP-M acumula inflação de 6,74% em 12 meses.

A alta da taxa de dezembro do ano passado para janeiro deste ano foi puxada pelos três subíndices que compõem o IGP-M. O Índice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, subiu de 0,04% em dezembro para 0,58% em janeiro. O Índice Nacional de Custo da Construção passou de 0,13% para 0,4% no período. O Índice de Preços ao Produtor Amplo continuou registrando deflação em janeiro (-0,26%). A queda de preços, no entanto, foi mais moderada do que a registrada em dezembro de 2018 (-1,67%).

Outra informação relevante foi dada na sexta-feira, de que a produção industrial brasileira registrou alta de 0,2% em dezembro, na comparação com novembro, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na mesma data. Com isso, a indústria acumulou no ano um crescimento de 1,1%, o que representa uma desaceleração significativa frente a 2017 (2,5%), quando interrompeu 3 anos seguidos de taxas negativas. Foi o pior resultado para dezembro desde 2015 (-1,9%), na comparação com o mês imediatamente anterior, segundo a série histórica da pesquisa. Na comparação com dezembro de 2017, o setor industrial registrou queda de 3,6%, também o pior resultado interanual para o mês desde 2015 (-12%), o que reforça a leitura de que a recuperação do setor segue frágil e em ritmo lento.

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É interessante destacar, também, que a balança comercial do Brasil registrou um superávit de US$ 2,19 bilhões no mês de janeiro. O resultado foi divulgado também na sexta-feira pelo Ministério da Economia. Apesar de ter alcançado um superávit, o resultado da balança comercial em janeiro é o mais baixo em três anos. De acordo com o governo federal, as exportações somaram US$ 18,5 bilhões e as importações US$ 16,3 bilhões. Em comparação com janeiro, as vendas brasileiras no exterior tiveram alta de 9,1% em comparação com o mesmo mês no ano passado. Já as importações somaram US$ 16,387 bilhões, crescimento de 15,4% em relação a janeiro de 2018. As categorias que puxaram a alta das exportações foram: manufaturados, alta de 15,2% semimanufaturados, alta de 11,1% produtos básicos, com alta de 10,1%. Nas importações, o cresceram as aquisições de: bens de capital, alta de 15,6% bens intermediários, com alta de 3,6%. Porém, as compras de combustíveis e lubrificantes caíram 12,5% e os bens de consumo 3,5%.

De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na última na última segunda-feira (28), as expectativas são de um saldo positivo de US$ 52 bilhões nas transações comerciais do País com o exterior. Por outro lado, o Banco Central prevê um superávit de US$ 38 bilhões na balança comercial desde ano. As exportações devem chegar a US$ 250 bilhões e as importações a US$ 212 bilhões. Já a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) calcula um superávit da balança comercial menor, de US$ 32 bilhões.

No mais, as companhias abertas seguiram, na semana que se encerrou, divulgando seus resultados operacionais relativos ao quarto trimestre de 2018, através dos quais foi possível perceber uma performance interessante da maioria das empresas, o que demonstra que a economia, de fato, parece estar confirmando o seu reaquecimento iniciado em meados da segunda metade de 2017. Para a próxima semana, seguimos na expectativa de acompanhar os resultados de empresas relevantes do mercado, como Porto Seguro, Itaú, Klabin, IRB, Lojas Renner, dentre outras.

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