Índice Big Mac: entenda como funciona esse curioso índice econômico

Os índices econômicos são importantes demonstrativos de como anda a economia de um país. Com eles, podemos medir, por exemplo, os índices de inflação. O principal é o IGP-M, que funciona como indexador oficial de contratos. Também existem medidores informais. Esse é o caso do Índice Big Mac.

Com o Índice Big Mac, economistas são capazes de analisar e comparar o poder de compra das moedas de diferentes países.

O que é o Índice Big Mac?

O Índice Big Mac é um indicador econômico calculado a partir do valor do famoso lanche da rede de fast food McDonalds. O sanduíche é utilizado para compor uma fórmula que mede o poder de compra de determinada moeda. Esse índice é baseado na teoria da Paridade do Poder de Compra (PPC).

Esse parâmetro é muito utilizado para fazer comparações internacionais. Isso porque relaciona o poder aquisitivo de um cidadão com o custo de vida local.

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Qual a lógica por trás do Índice Big Mac?

O Big Mac é um sanduíche produzido com os mesmos ingredientes em cerca de 120 países. Dessa forma, respeitando a taxa de câmbio, ele deveria custar o mesmo preço em todos os locais, caso fosse convertido para dólares.

Quando o lanche em um país é mais barato do que nos Estados Unidos, significa que a moeda está valorizada em relação ao dólar. Quando ocorre o contrário e o sanduíche custa mais, a indicação é que o dinheiro local está desvalorizado.

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Como surgiu o Índice Big Mac?

Também conhecido como Big Mac Index, o índice foi criado pela revista britânica The Economist. Desde 1986, a publicação faz essa pesquisa e divulga os dados semestralmente.

Desde que foi lançado, o indicador tem como objetivo ser uma espécie de guia para que a análise o câmbio seja mais compreensível para todas as pessoas. É, portanto, uma ferramenta que mostra quais moedas valem mais ou menos na comparação com o dólar.

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Resultados do Índice Big Mac 2019

A mais recente edição do índice foi publicada em janeiro deste ano. Para chegar aos resultados, foram avaliados os preços de 49 moedas em 64 países. Nos Estados Unidos, o Big Mac custa US$ 5,58.

Apenas Suíça, Noruega e Suécia tem moeda supervalorizada em relação ao dólar.

Nessa pesquisa, o real aparece como uma moeda que está subvalorizada. O lanche brasileiro é vendido por R$ 16,90. Na comparação com ao preço do hambúrguer norte-americano a relação é de 3.03.

A cotação do Real, no entanto, era de R$ 3,72, na data em que o índice foi publicado. Ou seja, a moeda brasileira está 18,5% desvalorizada.

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Veja o resultado do Índice Big Mac para outras moedas:

Rússia

  • Preço local: 110 rublos
  • Subvalorizado em 70%.

Chile

  • Preço local: 2.640 pesos
  • Subvalorizado em 30,3%

Argentina

  • Preço local: 75 pesos
  • Subvalorizado em 64,1%

CADASTRO

Como analisar o Índice Big Mac?

O Índice Big Mac 2019 mostrou que o dólar está em seu momento mais forte dos últimos 30 anos.

De acordo com a revista The Economist, ao longo do ano passado, o dólar se valorizou por conta de corte de impostos e taxas de juros nos Estados Unidos. Isso fez com que os ativos americanos ficassem mais atraentes para os investidores.

Essa valorização foi uma notícia ruim principalmente para os países emergentes, que tem grande parte de sua dívida em dólar.

Ainda segundo a revista, o Índice Big Mac apontou que a moeda americana permanece forte, apesar da desaceleração da economia global dos últimos meses. Quer se informar gratuitamente sobre os principais acontecimentos do mercado no dia? Entre para o Lista de Whatsapp da Suno e receba tudo em primeira mão, diretamente em seu celular.

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Tiago Reis
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