Biografia de Christine Lagarde
Quem é Christine Lagarde
Christine Lagarde é a atual Presidente do Banco Central Europeu (BCE), e ficou conhecida como a primeira mulher a assumir a posição de Presidente do FMI, ainda mais pelo peso que a instituição possui na hora da avaliação em cima do grau de investimento de uma nação. Christine também é conhecida por sua carreira política, sendo que já atuou como ministra em mais de um ministério da França.
No período que permaneceu no cargo máximo do FMI, Christine Lagarde enfrentou alguns momentos de turbulência. Especialmente em relação à crise econômica da Europa e a acusação de negligência em cima dela em relação ao seu período no governo francês.
A biografia de Christine Lagarde está totalmente ligada a assuntos de alcance global.
Ela é formada em direito, com especialização em diversas áreas. Além de ser mestre em inglês.
Toda sua carreira foi construída com base em assuntos de relevância.
No setor privado, Lagarde trabalhou por anos no escritório de Direito Baker & Mckenzie.
Ficando mais de 20 anos no grupo estadunidense, Christine se tornou peça importante na empresa, além de ser a mulher com maior sucesso da história do Baker & Mckenzie.
Em 2005, Lagarde assumiu o posto de Ministra do Comércio Exterior da França. Ficou no cargo até 2007, quando Dominique de Villepin deixou o cargo de primeiro-ministro francês.
Fraçois Fillon assumiu a posição em 2007. No governo de Fillon, Lagarde atuou em quatro ministérios diferentes.
Em maio de 2011, a advogada se candidatou para presidência do FMI. Um mês depois ela foi a escolhida para o cargo, se tornando a primeira mulher a ocupar a função.
A longevidade de Christine Lagarde como liderança máxima do fundo durou sete anos e chegou ao fim em 2019, quando Lagarde foi nomeada pelo Conselho Europeu para suceder a Mario Draghi como Presidente do Banco Central Europeu (BCE).
Durante seu mandato no FMI, a executiva foi responsável em negociar o aporte financeiro para os países da zona do euro, que passaram e passam por um dos momentos de maior instabilidade da história do bloco.
Biografia de Christine Lagarde
Christine Lagarde nasceu em 1 de janeiro 1956, na cidade de Paris, capital da França.
Após terminar o colegial, na década de 70, a jovem recebeu bolsas para estudar na Holton Arms School, nos Estados Unidos. Na instituição ela concluiu sua licenciatura em inglês.
De volta à França, Lagarde estudou e se formou em direito social pelo Institut d’Études Politiques d’Aix-en-Provence.
Christine também possui mestrado em língua inglesa, direito comercia e direito do trabalho.
Em 1981, a advogada se juntou a escritório Baker & Mckenzie, localizado na cidade de Chicago.
Seis anos depois, em 1987, retornou para Europa, na ocasião ela assumiu o cargo de diretora do grupo na Europa Ocidental.
No ano de 1995, Lagarde assumiu parte no Comitê Executivo do escritório e, quatro anos depois, se tornou a primeira presidente mulher do Baker & Mckenzie.
Em 2005 ela iniciou sua carreira política. De 2005 até 2011, Lagarde foi ministra da França nas áreas de: Comércio Exterior, Finanças, Indústria, Agricultura e Pesca e Emprego.
Após seis anos em cargos do estado, Christine se tornou, em 2011, a primeira mulher a assumir o cargo de presidente do FMI.
Sucedendo Dominique Strauss-Kahn do posto.
Na época ela recebeu apoio de países como: Estados Unidos, Brasil, Rússia, China e Alemanha.
O principal desafio ao assumir a posição era reverter a instabilidade que a crise econômica da Europa causava na época.
Em especial aos assuntos relacionados à Grécia, Espanha e Portugal.
Seu nome ainda é bastante discutido como liderança do FMI, ainda mais após a acusação de negligência que recaiu sob ela.
Christine Lagarde na advocacia
Christine Lagarde é uma renomada economista e advogada francesa, nascida em 1956. Apesar de não ter sido aprovada para a Escola Nacional de Administração (ENA), uma instituição de grande prestígio na França, ela não desistiu de sua carreira acadêmica. Lagarde decidiu estudar Direito na Universidade de Paris X Nanterre e mais tarde obteve mestrado em Literatura Americana pela Escola Superior de Arte de Avignon, bem como especialização em Direito Comercial e do Trabalho.
Lagarde iniciou sua carreira profissional em 1981, trabalhando na filial em Paris do escritório de advocacia Baker & McKenzie. Em 1987, ela se tornou sócia da empresa e, de 1995 a 1999, integrou o comitê executivo. Em 1999, Lagarde assumiu a presidência do escritório e mudou-se para Chicago. Ela foi reconduzida ao cargo em 2002.
De acordo com informações da Enciclopédia Britannica, Lagarde instituiu uma política de “cliente em primeiro lugar” na Baker & McKenzie, o que fez com que os lucros da empresa crescessem significativamente. A iniciativa consistia em antecipar as necessidades dos clientes, em vez de apenas reagir às demandas, o que tornou a empresa mais competitiva no mercado de advocacia.
Com uma carreira bem-sucedida na advocacia, Lagarde foi convidada a ingressar na política e se tornou ministra do Comércio Exterior da França em 2005.
Carreira pública de Christine Lagarde
Christine Lagarde iniciou sua carreira política em 2005, quando foi nomeada ministra do Comércio da França durante o mandato do primeiro-ministro Dominique de Villepin. Durante seu período no cargo, as exportações francesas atingiram patamares recordes. Em 2007, Lagarde tornou-se a primeira mulher a comandar o Ministério das Finanças da França, além de ser a primeira a ocupar um cargo semelhante em qualquer um dos países do G-8.
Lagarde enfrentou a crise financeira internacional de 2008 e a crise da Zona do Euro em 2010 e 2011, conduzindo a economia francesa de forma eficiente e se tornando conhecida como uma negociadora calma e firme. A executiva também criticou a legislação trabalhista local e outras regras que considerava prejudicarem a economia do país.
Durante seu período no governo francês, Lagarde também foi severamente criticada pela condução de uma disputa entre o magnata francês Bernard Tapie e o banco Credit Lyonnais, que se arrastava há anos. Tapie acusava a instituição financeira de ter subavaliado o valor da Adidas quando ele a vendeu em 1993, prejudicando-o.
A ministra interviu e mandou o caso para arbitragem, sendo que o painel de árbitros decidiu que o empresário deveria receber uma indenização de 285 milhões de euros. Lagarde não recorreu da decisão e foi investigada, processada e condenada em 2016, quando ocupava a direção do FMI. Ela foi considerada culpada por negligência por um tribunal francês, mas não recebeu nenhuma pena. Lagarde sempre negou qualquer irregularidade e sustenta que a decisão de mandar a questão para arbitragem e não recorrer da decisão era a melhor solução na época.
Christine Lagarde como diretora-gerente do FMI
Em 2011, Christine Lagarde foi nomeada diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), em substituição a Dominique Strauss-Kahn, que havia renunciado após acusações de tentativa de estupro nos Estados Unidos. Em seu mandato, Lagarde teve que lidar com a crise da dívida da Grécia, a crise da Zona do Euro e o socorro financeiro a países árabes após a Primavera Árabe.
Lagarde foi reconduzida ao cargo em 2016 e, em 2018, liderou a aprovação de um pacote de socorro do FMI à Argentina. Ela também alertou para o perigo de uma guerra comercial e cambial entre os EUA e a China, comandada pelo então presidente norte-americano Donald Trump.
Em 2019, Lagarde aceitou o convite para presidir o Banco Central Europeu (BCE) como sucessora do italiano Mario Draghi, atual primeiro-ministro da Itália. Ela deixou a direção do FMI para assumir o novo cargo. Durante a pandemia, Lagarde pilotou o BCE e recentemente afirmou que a instituição deve manter uma política monetária mais flexível, mesmo diante de picos temporários de preços.
Vida Pessoal de Christine Lagarde
Fora da carreira profissional, Christine foi casada duas vezes. Seu primeiro casamento foi com Wilfred Lagarde, com quem teve dois filhos.
O casamento durou de 1982 a 1992. Posteriormente, ela se casou com o empresário britânico Eachran Gilmour, mas acabaram se divorciando. Desde 2006, Christine Lagarde está em um relacionamento com o empresário francês Xavier Giocanti.