Radar do Mercado: Itaú Unibanco (ITUB4) – Desdobramento 1 para 2 aumentará liquidez do papel

O Itaú Unibanco informou nesta quinta-feira que seu conselho de administração aprovou convocar uma assembleia de acionistas para votar proposta de desdobrar em 50 por cento as suas atuais ações. Segundo o reportado, a base acionária do Itaú Unibanco atualmente é de 6.536.090.232 papéis, sendo 3.305.526.906 ordinários e 3.230.563.326 preferenciais.

Como consequência, os acionistas receberão uma nova ação para cada 2 ações da mesma espécie de que forem titulares.

No mercado internacional, a companhia destacou que a proposta de desdobramento vale na mesma proporção também para os recibos de ações (ADRs) do banco que são negociados na Bolsa de Nova York, que serão, portanto, desdobrados em 50%, de modo que os investidores receberão 1 novo ADR para cada 2 ADRs de que forem titulares na database. Sendo assim, os ADRs continuarão a ser negociados na proporção de 1 ação preferencial da companhia para 1 ADR.

 

Entendemos que o referido processo desdobramento acima referenciado pelo Itaú objetiva o aumento de liquidez das suas ações, além de, também, conferir melhor patamar para a cotação das ações de sua emissão, a fim de torná-las mais acessíveis aos investidores.

Entretanto, em nossa visão, pouca coisa muda em relação ao business, em si, com a execução de tal processo de desdobramento.

O que é melhor, repartir uma mesma pizza em 4, em 8, ou em 12 pedaços? É indiferente. A única alteração, talvez, é que mais pessoas poderão compartilhar da pizza com o aumento do número de pedaços.

Por conta disso, no que diz respeito ao operacional da companhia, nada se altera, o que muda é a liquidez de suas ações, que tenderão a aumentar no curto/médio prazo.

MINICURSO TESOURO DIRETO

Ainda em relação ao processo anunciado pelo Itaú, é válido ressaltar que a data-base do direito ao desdobramento será comunicada ao mercado pela companhia após a homologação das deliberações pelo Banco Central do Brasil (BACEN).

Dessa forma, as ações do Itaú continuarão, até a data a ser oportunamente anunciada, a ser negociadas com direito ao desdobramento e, somente após tal data, passarão a ser negociadas ex-direito ao desdobramento.

Já no que tange os seus dividendos mensais, tais proventos serão mantidos em R$ 0,015 por ação, de modo que os valores totais pagos pela companhia mensalmente aos acionistas serão incrementados em 50%, após a inclusão das ações desdobradas na posição acionária. O dividendo mínimo anual assegurado às ações preferenciais também será mantido em R$ 0,022 por ação.

Adicionalmente, o desdobramento será efetuado sempre em números inteiros. Neste sentido, após a homologação das deliberações pelo BACEN, a companhia fixará período não inferior a 30 dias para os acionistas que desejarem transferir frações de ações oriundas do desdobramento.

Transcorrido esse período, eventuais sobras decorrentes das frações de ações serão separadas, agrupadas em números inteiros e vendidas na B3 – Brasil, Bolsa, Balcão – e o valor líquido apurado será disponibilizado aos acionistas titulares dessas frações.

Ademais, confirmamos nosso posicionamento de avaliarmos essa companhia como uma das mais rentáveis do planeta no seu segmento e, por conta disso, gostamos muito do seu modelo de gestão e de criação de valor para o acionista no longo prazo.

O que não gostamos, contudo, é do seu preço de cotação, o que nos coloca numa posição de espera até que boas oportunidades de entrada no ativo possam ser observadas.

O Brasil é um país de oportunidades, e acreditamos que a qualquer momento possa surgir uma janela interessante para indicação neste valioso banco.

Para que se compreenda melhor como chegamos a tal conclusão a respeito do preço do ativo, recomendamos a visualização do Suno Responde do dia 24/04, quando nosso sócio fundador, Tiago Reis, demonstrou o seu Valuation do Itaú e informou qual seria, de acordo com as suas premissas, o preço de entrada ideal no papel.

Ademais, para investidores que se interessam pelo ativo, a participação na companhia através de Itaúsa seria uma boa alternativa, haja vista que a holding possui participação relevante no Itaú.

ACESSO RÁPIDO
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Tiago Reis
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