Conta Margem: Descubra o que é, suas vantagens e desvantagens
Você sabe o que é e como funciona a conta Margem?
Ela é um recurso disponibilizado por corretoras para os clientes que pode ajudar ou prejudicar muito o investidor.
Mas de que forma este recurso pode ajudar ou prejudicar? E vale a pena utilizar a conta margem?
O que é a conta margem
Antes de qualquer coisa, precisamos descobrir o que é esta ferramenta.
A conta margem nada mais é do que um empréstimo da corretora para o investidor.
Funciona de forma similar aos conhecidos empréstimos bancários.
Em toda operação de empréstimo existe um agente superavitário, que empresta recursos, e um agente deficitário, que necessita de recursos.
Neste caso, a corretora (superavitária) fornece os recursos ao investidor (deficitário) para que ele realize suas operações de investimentos.
Você emprestaria dinheiro a alguém sem ganhar nada por isto?
Obviamente que não!
O mesmo ocorre com bancos ou corretoras. Portanto, é cobrada uma taxa por este empréstimo, denominada de juros.
O juros nada mais é do que o valor do dinheiro ao longo do tempo.
Ele representa a remuneração que o agente superavitário receberá por emprestar os recursos, assim como o valor devido a mais do que foi emprestado por parte do devedor.
Por exemplo, se um banco lhe empresta R$ 100,00 e para isto cobra a taxa de 10% ao mês, ao final deste mês você estará devendo R$ 110,00 ao banco. R$ 100,00 do empréstimo mais R$ 10,00 dos juros.
Os juros ocorrem pois o banco, ao invés de lhe emprestar aquele dinheiro, poderia estar investindo, e assim fazer o recurso render.
Além disso, ele existe para compensar o risco que o agente superavitário corre de o devedor não honrar com a sua dívida.
A conta margem, portanto, é um empréstimo da corretora para o investidor, que para isto cobra um taxa de juros, que não costuma ser baixa.
Vale a pena usar a conta margem?
Por que o investidor utiliza a conta margem?
O investidor que utiliza a ferramenta, tipicamente, busca alavancar os seus ganhos.
É possível alavancar significativamente os ganhos, pois não é necessário utilizar recursos próprios para investir.
Em uma operação com este recurso, o investidor disponibiliza suas ações em carteira como garantia para a corretora em caso de não pagamento do empréstimo.
Vamos a um exemplo.
Suponha que um investidor utilize a conta margem para comprar ações da Petrobras.
Ele comprou um total de R$ 10.000,00 em ações, sendo 50% deste valor financiado pela corretora, portanto, R$ 5.000,00.
A corretora cobra um juros de 5% ao mês para utilização do serviço.
Após um mês e valorização de 20% nas ações o investidor vende a totalidade das ações por R$ 12.000,00.
Ele obteve, portanto, um ganho de R$ 2.000,00 enquanto utilizando apenas R$5.000,00. Um retorno de 40%, retirando os juros pagos, o retorno foi de 35%.
Enquanto que na operação tradicional, o investidor ganharia apenas 20%.
No entanto, do mesmo jeito que pode servir para alavancar lucros, este recurso serve para alavancar prejuízos.
Em caso de perdas na operação, além da perda do próprio investimento o investidor também que terá que arcar com os altos juros devido às corretoras.
As taxas que giram em torno de 4% ao mês, quando acumuladas ao longo de um período de tempo maior, se tornam absurdamente elevadas.
A taxa de 4% composta ao longo de um ano, por exemplo, se torna uma taxa de 60%.
Portanto, um investidor que alavancas R$ 10.000,00 no início do ano, se manter sua posição alavancada até o fim período estará devendo R$16.000,00 à corretora.
Conclusão sobre a conta margem
Fica claro que esta ferramenta é algo voltado para investidores experientes e mais voltados para o campo da especulação de curto prazo.
Enquanto serve para aumentar ganhos, se mantida no longo prazo o efeito da conta margem pode ser catastrófico para o investidor.
É necessário, portanto, muita cautela ao considerar utilizar este recurso disponibilizado pelas corretoras.