Radar do Mercado: Taesa (TAEE11) – tendência de performance ainda melhor pela frente

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica – Taesa – divulgou ontem (08) ao mercado os seus resultados do terceiro trimestre de 2017 e, neste sentido, foi possível perceber que a companhia continua apresentando um sólido e consistente desempenho operacional ao longo de 2017, no qual a empresa vem mantendo forte geração de caixa, como resultado da disciplina financeira e foco na eficiência operacional.

Esse fato pode ser melhor compreendido pela posição de caixa da Taesa, que chegou a mais de R$ 1 bilhão ao fim de setembro de 2017.

Há de se mencionar, também, que a dívida líquida ficou em R$ 2,4 bilhões e a relação Dívida Líquida / Ebitda caiu para 1,6x ao fim deste trimestre, comprovando que a companhia possui uma forte capacidade de se desalavancar com agilidade e rapidez devido a sua alta capacidade operacional.

Ainda, no 3º trimestre de 2017, o Ebitda regulatório da companhia totalizou R$ 362,6 MM, 8,4% menor que o registrado no mesmo período de 2016. A margem Ebitda regulatória ficou em 86,9% no trimestre e 88,6% no acumulado do ano.

Excluindo-se os efeitos pontuais (acerto da revisão tarifária de reforços na TSN, ajuste da capitalização dos custos com pessoal no 3T16, rescisão de 3 executivos para contratação no regime estatutário puro, custos com a 4ª emissão de debêntures, e realocação dos custos de indenização de faixa de servidão no 3T16), a margem Ebitda Regulatório ficaria em 88,0% com uma redução de 1,4 pp em comparação ao 3T16.

É importante destacar, aqui, que no setor de transmissão de energia, o Ebitda Regulatório é um importante indicador de desempenho operacional e financeiro, em virtude da sua aderência à geração de caixa operacional efetiva da companhia.

Como resultado, o lucro líquido em IFRS do 3T17 totalizou R$ 97,3 MM, redução de 55,3% em relação ao 3T16, explicada basicamente pela diferença ainda significativa dos índices macroeconômicos, IGP-M e IPCA, registrada entre os períodos.

Cabe aqui salientar que, no 3T17, o IGP-M apresentou deflação acumulada de 1,28% e o IPCA acumulou 0,20% de inflação. No mesmo período de 2016, o IGP-M acumulado foi 2,02% e o IPCA ficou em 1,32%. É importante salientar que, mesmo com essa queda anual, já foi possível observar uma melhora sequencial de 35,1% do lucro líquido como consequência do aumento da inflação, principalmente do IGP-M, nos últimos meses.

Gostamos muito da companhia do seu segmento de atuação, muito por conta da “previsibilidade” dos resultados que podem ser observados neste setor de atuação.

Ainda, o fato da companhia ser, historicamente, uma excelente pagadora de dividendos a seus acionistas, nos deixa ainda mais seguros e satisfeitos em relação ao case.

Somos entusiastas de companhias que atuam em setores perenes e que distribuem bons e crescentes dividendos, como é o caso de Taesa, e acreditamos, ainda, que os números dessa empresa possam vir a melhorar com o aumento dos índices macroeconômicos, IGP-M e IPCA, que já pôde ser observado últimos meses.

ACESSO RÁPIDO
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Tiago Reis
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